Perdido resp… Esclarece.

26 agosto, 2010


Comentário recebido pelo colega Francisco por este post:

“Sr. Perdido,
É uma pena perceber que existem pessoas generalistas e que fazem questão de ridicularizar os outros como vc. Confesso que foi difícil ler um texto com tantos preconceitos.
Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. Pelo o que escreveu, não tenho dúvidas que você nunca dirigiu em outras cidades do Brasil ou do mundo com situações bem mais complicadas. O exemplo de uma cidade que vc deve ter ouvido falar é o Rio de Janeiro. Aquela que é uma das cidades mais belas do Brasil. A dos cariocas que vc também fez questão de criticar no texto.
Enfim, não defendo os problemas do nosso trânsito, pelo contrário, busco fazer a minha parte e conscientizar os que estão ao meu lado. O texto que escreveu trata do baiano como um ser único, idéia totalmente equivocada pelo princípio das sociedades, no qual todos os indivíduos se diferem entre si e exercem funções distintas. Ao escrever este texto, a sua, por exemplo, está sendo o de tentar ridicularizar uma população com muito mais qualidades do que defeitos.
Sou um baiano que moro em São Paulo há três anos, exclusivamente por uma questão profissional, e sei exatamente o que estou falando. Vale a pena morar na Bahia. Estamos evoluindo individualmente como cidadãos e coletivamente como sociedade.
Não é o meu propósito destruir seus preconceitos e tentar convencê-lo a evitar suas críticas e deixar que qualquer tipo de sujeira faça parte das nossas rotinas. Sugiro apenas que escreva os seus textos com a mesma qualidade, mas lembrando sempre que o preconceito maléfico não gera consciência e sim discórdia.”

Resposta:

Caro Francisco, ô meu colega de cidade, veja bem, o senhor leu bem o texto? pois no mesmo está citado: “Robson Oliveira (baiano)”, no inicio do texto, pra constar quem é o autor do texto, até porque, na web, por ética inclusive, não copiamos o que por outro foi feito sem dar os devidos créditos. O que escrevi vem antes dele, quando falo da engenharia negativa de transito e total falta de fiscalização e controle.

Todavia, não discordo do que o Robson escreveu, e todos os mais de 50 baianos que tenho contato não discordaram, e sim em sua grande maioria concordaram, há quem (Nascido e criado aqui, de boa familia, boa índole, de boa formação e mais de 15 anos de carteira) ainda disse tempos depois: “Velho, esse negócio de metê o terço funciona mesmo!”, como se fosse bonito.

Uma leitora (Paulista) que migrou pra cá recentemente, em sua chegada, disse-me pelo messenger que a primeira coisa que notou aqui é que as pessoas se atacam no transito, ao invés de dirigirem.

Mas enfim, não quis ridicularizar o baiano, longe de mim esse tipo de atitude, até porque se eu achasse o baiano um ridículo ou algo do tipo, não teria migrado pra ca e muito menos ficado até hoje, sem planos de voltar pra minha amada Brasília, e olha meu caro, não to aqui por motivo puramente profissional, to pois aprendi a gostar e enxerguei de primeira, o valor dessa cidade, e dos que aqui nasceram e habitam.

Para que não haja mal entendimento de outros leitores, resolvi postar sua resposta, para que fique claro, que Salvador e os baianos, possuem seus problemas unicos e suas qualidade unicas, como qualquer outro lugar do planeta, não to aqui para medir quem ou o que é melhor, só estou aqui para contar o ponto de vista de quem veio de fora, e que ja viu muitas coisas e muitas outras capitais desse Brasil de todas as cores.

Resumindo:
O baiano tem sua própria cultura, seu jeito de ser, agir, pensar, resolver (ou não), e isso não o torna ridículo ou inferior, isso só o torna unico, como todo e qualquer povo que disponha de cultura própria.

Por fim, o blog é de todos, quem quiser enviar qualquer tipo de manifestação contra ou a favor do que aqui é publicado, como fez o nosso caro colega Francisco, sinta-se à vontade.


Andando pela cidade, dá pra ver a comunicação em massa da TranSalvador (Antiga SET, também conhecida como Serviço de Engarrafamento de Trafego, e é fato de que quando eles estão de greve a cidade flui mais) informando sobre a nova lei que obriga o uso de cadeirinha no banco traseiro para crianças de até 7 anos e meio, até ai tudo bem e muito bem!

O grande problema é:

Como ja citei em alguns posts, uma das coisas que logo se nota aqui em Salvador, é que “não existe lei de transito”, não existe pois os motoristas não seguem, e os responsáveis pela fiscalização não fiscalizam, vai desde mais da metade não saber o que é seta (ou sinalização como dizem aqui), passando pela grande maioria que fala “dias” no telefone enquanto dirige, o não uso de cinto de segurança, o esquecimento da função de uma faixa de pedestres até carregar 5 pessoas na carroceria de uma pickup, dirigindo sem cinto de segurança, tomando cerveja (conhecido como comendo água) as 12hs em uma terça (não festiva), cruzando a cidade toda. Dai eu me pergunto: Fazer essa campanha toda pra que???

Agora vejam um texto que recebi de um baiano, falando sobre os  motoristas baianos, que é uma pura realidade (é grande mas vale a pena):

Guia Rápido para Dirigir em Salvador

Robson Oliveira (baiano)
Vindo à capital da Bahia a passeio e tendo que se adaptar ao jeitinho baiano de dirigir, não se assuste. Em Salvador você verá atrocidades; você duvidará que o motorista que violentamente insiste em lhe expulsar da pista goza de boa saúde mental; você não entenderá como nós soteropolitanos, famosos no mundo por não se estressarem, nos transformamos em seres raivosos quando estamos ao volante. Não fazemos por maldade, guiamos preocupados apenas com o centro do universo, nós mesmos, os baianos, os piores motoristas do Brasil. As lições vão lhe ajudar no trânsito de Salvador.

1ª Lição: Faixas Inúteis. A pintura de faixas, quando existe, não serve para absolutamente nada. Nós não sabemos exatamente para que a via foi dividida em faixas. Passamos de uma faixa para outra, rodamos sobre as faixas “seguindo os pontinhos” como se não quiséssemos nos perder… e em qualquer curva preferimos a tangente, mesmo que a faixa ao lado esteja ocupada por algum “leso”. Acostume-se, esqueça as faixas, sinta-se livre.

2ª Lição: Parar Já. Paramos onde e quando precisamos; às vezes até ligamos o pisca alerta. Todos podem esperar um pouco. Na rua onde mal passa um carro, que diferença podem fazer cinco ou dez minutos parado até que “voinha” desça da casa de “mainha”? Se o carro da frente parar, tenha paciência, espere até que ele decida seguir ou, também é permitido, buzine alucinadamente para extravasar sua raiva, sabendo que não vai adiantar. Desconte no próximo, pare também onde e quando quiser, aqui pode.

3ª Lição: Setas Invertidas. Não temos idéia do que passava na cabeça de quem colocou aquelas luzinhas amarelas que piscam quando nossos filhos mexem naquela alavanca inútil que fica próxima ao volante. Às vezes acionamos sem querer a luzinha que pisca na esquerda ou na direita. Se desejamos ir para a esquerda, vamos, não importa se a tal luz amarela está piscando, muito menos se pisca do lado certo. Seta é coisa de carioca “isperto”, nós não precisamos de seta para guiar. Nunca sinalize em Salvador, você poderá desviar a atenção do baiano que vai ao seu lado.

4ª Lição: Meter o Terço. Metendo um terço do seu carro na frente do baiano que teria a preferência você automaticamente obriga-o a ceder em seu favor. Meta o terço em qualquer situação: em cruzamentos perigosos, ao entrar em vias rápidas, quando quiser passar à frente de algum otário, enfim, meter o terço lhe garante vantagem indiscutível. É possível que às vezes ocorra uma pequena batida, coisas da vida. Se bater saia do carro e comece a bater papo com o outro baiano. Vocês acabarão descobrindo que são parentes ou que têm amigos em comum: “Você num é irmão do Tinho? Não, sou primo. Rapaz, cê parece dimais com ele, é escrito e escarrado. Como tá Inha, cunhada do Tinho?”

5ª Lição: Emparelhar. Fique sempre ao lado de algum carro. Se ele acelerar, acelere também. Se reduzir a velocidade, reduza e permaneça “emparelhado”. Emparelhar deixa o baiano seguro. Vá juntinho, melhor seguir acompanhado. Se atrapalhar quem vem atrás não se avexe, quem quiser passar que passe. É isso mesmo, às vezes a oitenta por hora, ou a vinte, os baianos adoram andar emparelhados… e só Deus sabe o motivo.

6ª Lição: Dois Dedos. Dois dedos é a distância normalmente mantida por um bom motorista baiano do carro da frente. Colado, bem juntinho. Achamos que assim é possível aproveitar ao máximo o espaço disponível em nossas ruas. Outra vantagem em manter dois dedos do carro da frente é mostrar que estamos com pressa, que o carro da frente deve se apressar. Não importa se o motorista da frente não está atrasado como um bom baiano. O que importa é seguir colado. Não se perca, siga sempre a dois dedos do carro da frente.

7ª Lição: Fila é Para Otário. Em qualquer conversão, onde normalmente só caberia um carro, nós baianos fazemos a fila dupla, tripla, às vezes dá até para a quarta fila. Nunca espere o leso que está aguardando pacientemente a conversão, fila é para otário. Passe à frente, meta o terço, tome a preferência da conversão à força. Quem quiser que buzine.

8ª Lição: Buzina no Sinal Verde. Nós, baianos, há muitos anos disputamos o campeonato de acionamento de buzina após a abertura do sinal. Aguarde o sinal verde com as duas mãos prontas para acionar violentamente a buzina do seu carro. O recorde é de Toinho, irmão de Ninha, dois centésimos de segundo após a luz verde. Capriche na buzina, rápido, mesmo que você esteja sem pressa, mesmo que buzinar não faça nenhum sentido.

9ª Lição: Lixo no Carro Não. É, é isso mesmo que você forasteiro está pensando. Nos nossos carros baianos não pode ter lixo. Vai tudo pela janela: latinha de cerveja, fralda suja, palito de picolé, ponta de cigarro, garrafa pet. Somos muito asseados, lixo no carro não. Quem quiser que varra a rua. Acostume-se e, se do carro da frente for jogado algum objeto grande, desvie sem reclamar.

10ª Lição: O Retorno É Aqui. Nas ruas de Salvador é possível retornar em qualquer lugar. Gire o volante e, se couber, ótimo. Se não “deu jogo” dê uma rezinha rapidinha e complete a manobra. Quem quiser que espere ou se bata. Quem procura retorno é otário. Não se assuste de depois da curva der de cara com uma D20 atravessada na pista, manobrando para retornar a dez metros do retorno correto.

Boa sorte no trânsito de Salvador. Antes que eu esqueça: para dirigir em Salvador você não precisa, necessariamente, olhar para frente. Converse olhando sempre para o carona. Fale ao celular, leia, procure coisas no porta-luvas, enfim, descontraia, crie você mesmo suas regras de trânsito.”


Salve galera!

Fiquei lisonjeado  com a quantidade de “parabéns” que ouvi no dia do aniversário da minha terra natal, ta ai mais um fato de cordialidade baiana, agora, vai comentar em Bsb que é aniversário de outra cidade…

Como dizem aqui, “sê vai vê a miséra  que vai ser!”

No fundo da folia

9 março, 2010


Bom, o Carnaval oficial já acabou, teve muita gente se divertindo, muita cerveja, e… advinha onde foi parar tanta lata de cerveja?


Foto: Francisco Pedro – Mais aqui…

Notícia oficial: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1413799


A ex-professora Jaqueline Carvalho, que foi demitida da escola em que trabalhava após dançarTodo Enfiado‘, é a nova dançarina da banda ‘O Troco’. A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira (11) pela empresária (perai, EMPRESÁRIA?! JA TA ASSIM?) da ex-professora.


Jaqueline e o vocalista Mário Brasil: a dupla voltará a atacar nos palcos

Com a repercussão de um vídeo que foi divulgado no Youtube com imagens de Jaqueline dançando a música, o cantor Mário Brasil a convidou para ser dançarina da banda. Depois de negociações quanto ao valor da contratação, Jaqueline resolveu aceitar a proposta nesta sexta-feira (11).

A pró alegou que tomou ‘dois litros de whisky‘ (perai denovo! 2 lts de whisky?! Essa mulher é uma esponja? um tonel? ou a reencarnação de algum bebum da escócia?) para dançar no pagodão

Ela será apresentada oficialmente como a nova dançarina da banda durante um show no Pier 41, na Ribeira, desta noite. Toda a renda do show será doado a Jaqueline, que até então estava desempregada.

Após a polêmica, a ex-professora recebeu convites para participar de programas em todo o país e está negociando cachê para posar nua. A empresária de Jaqueline confirmou que os valores com a revista masculina ainda estão sendo acertados, mas que um acordo virá em breve.

Fonte: CORREIO DA BAHIA | Foto: Evandro Veiga


Ontem eu publiquei aqui uma matéria sobre a professora que foi demitida porque estourou no Youtube um vídeo em que ela dançava a música “Todo Enfiado”.
No vídeo o cantor da banda O troco, Mario Brasil, levanta o vestido dela e estica a calcinha da professora até ficar totalmente enfiada em suas partes íntimas.
A moça das imagens é uma professora de matemática para crianças de 5 a 7 anos de idade que lecionava no Instituto Social Objetivo (ISO), no bairro de Brotas, em Salvador na Bahia.
O “sucesso” de vídeo chamou a atenção da diretoria do colégio que acabou demitindo a pró.
“Não tiro a razão da escola porque trabalho com educação infantil. Todo ser humano erra e estou arrependida. Não estava nas minhas condições normais. Consumia álcool”, confessou a educadora, de 28 anos de idade que é mãe de uma filha de 7, e que mudou forçadamente do próprio bairro por causa dos comentários.
“Aquilo foi só uma brincadeira, não faz sentido ela ter prejuízo por isso.” Comenta um dos integrantes da banda revoltado com a demissão da professora dançarina.

Agora… a putaria o video completo, enviado pelo Kuelho:

Vamos ver se a banda vai ter a honra de contratar a moça.

Caso o youtube tire do ar, use este!

Esse post é um oferecimento do Blog do Kuelho.


Uma professora baiana, apreciadora de axé pagode, foi demitida porque estava no ensaio da banda “O Troco” e aparece fazendo uma coreografia erótica da música “Todo Enfiado”. A história toda aconteceu na casa de shows Malagueta Hall, foi demitida do colégio em que trabalhava. Motivo: O vídeo foi parar no Youtube, a cidade toda começou a comentar, levando a diretora e os outros professores da escola a assistirem as peripécias da educadora. Não deu outra, mandaram a coitada pro olho da rua pra tristeza da maioria dos alunos. “Ela era muito descontraída e ensinava bem.” comenta um dos alunos.

Agora… o video:

Copiei do Blog do Kuelho

TranSalvador

14 agosto, 2009


Vocês lembram da SET? Aquele orgão inútil de Salvador que deveria controlar o transito, Agora (agora não, a uns meses) ela virou TranSalvador, mas a putaria continua a mesma, um dia qualquer da semana passada, estava eu indo trabalhar, passo por um cruzamento um pouco movimentado que sempre tem um barbeiro que para em cima da faixa de pedestres ou simplesmente fura o sinal vermelho na cara dura.

No outro lado da pista, estava um guarda da TranSalvador (inclusive ele fica lá quase todos os dias, ou tomando café e olhando as bundas que passam, ou conversando sobre as bundas que passam e o Baêa…), e mais uma vez um barbeiro atravessou a faixa com o sinal vermelho, ja no meio do povo, e mais uma vez a lesma o guarda não viu nada, ja irritada com tudo isso, uma mulher foi até o guarda e disse:
– “Venha cá mô fí, você num viu a disgraça du carru passano na sinalera vermelha não é? Ele quase atropela todo mundu!”
E o guarda, tomando seu café olhando pro outro lado do mundo:
– “Não vi nada disso não.”
Agora realmente indignada a mulher começa a andar e diz:
– “Por acaso você é pagu pra ficá ai o dia todu tomano café é? Se enxergue e preste atenção no seu trabalho viu? Invez de ficar ai o dia todu olhano po nada!”

O guarda continuou com a cara de quem não ta nem ai e dá mais um gole no café.

Detalhe: Nunca mais ví o guarda.

Perdido e sozinho

29 julho, 2008


A mais de um ano em Salvador, ja conheci vários outros perdidos e perdidas, do sul, sudeste, norte e centro oeste, mas nem de longe achei alguém de Brasília, pra não dizer nunca, houve uma pessoa que também veio de Brasília se perder em Salvador, mas essa não durou nem 1 ano e logo retornou pra Capital.

Talvez isso encaixe na maior diferença que um brasiliense tem ao resto do pais, normalmente o nordestino ou também o paulista, são bairristas e amam sua cidade e seu povo, o brasiliense não, nós somos eternos apaixonados por Brasília, e nem sempre pelo nosso povo, alias, que se fere o povo nunca pelo nosso povo.

Não só a cordialidade nos falta, mas na realidade simplesmente não nos importamos mais por alguém só pelo simples fato dessa pessoa ter nascido no mesmo solo que nós (“não pedi pra nascer ali, e nem você, então se achas que irei fazer mais por você do que por outra pessoa por isso, azar o teu amigo, porque eu não vou fazer nada”).

Mas o que mais pode espantar um brasiliense de Salvador, é o trauma! Isso mesmo, o maldito trauma.

Por termos a triste cultura de não confiar em ninguém (inclusive aquele vizinho com cara de bonzinho e mais de 60 anos que nos viu crescer), dá medo toda essa cordialidade e humildade Sotéropolitana, em Brasília aprendemos desde cedo que quem estende a mão quer algo em troca, e que por trais de um sorriso caridoso, pode se esconder um monstro impetuoso.

É… perdido e sozinho, e ao mesmo tempo sob a melhor companhia que o brasil pode oferecer, a companhia dos baianos, a companhia dos cordiais Sotéropolitanos.

FraZe do dia.

16 julho, 2008


“Eles tem mais é que se lenhá! Eles tão pagando pelo que eles FEZ!

(Difícil é aceitar tal frase vinda de um cara de terno dentro de um Golf.)

Como dizia Vavá: “Salvem a Professorinha!”


É fato que a felicidade reina nessa terra chama Salvador, e que todo esse tom histórico remete um certo romantismo pelo charme embutido nas velhas edificações da cidade e seus bares lotados de amantes da mais pura sedução.

Mas falta algo muito importante nos baianos (homens), que elas sentem uma falta extrema, a ponto de enlouquecerem com um simples turista, elas sentem falta de carinho, esse ato tão comum em outras culturas, que em Brasília por exemplo é tão normal quanto se dar um “Oi” , que é capaz de amolecer a mais chata enfurecida das mulheres, com o mais alto nível de testosterona (TPM), aqui é extremamente raro ver casais se acariciando, nem que seja uma mulher com a cabeça encostada ao ombro de seu amante e ele acariciando sua face ou seu cabelo, é mais fácil achar dinheiro na rua do que presenciar uma cena destas, mas a reclamação delas não é só quanto a demonstração de afeto em publico, mas em geral, tanto na rua como na cama em casa, eles deixam bem claro que só querem sexo, e isso estende-se a um dos maiores contradizeres dos Soteropolitanos, a cordialidade que eles exercem ao desconhecido, deixam de exercer à companheira, ao ponto de se presenciar a seguinte cena: um casal sai do supermercado, ela carregando sacolas e mais sacolas e ele uma caixa de cerveja e um saquinho com verduras (pra não dizer que não esta carregando nada), como se aquela fosse um objeto, e se por ventura vierem a se casar, ela não deixará de ser um objeto para ele, e sim é ai que as coisas irão piorar, “esqueceram de incluir o carinho e o respeito na colonização de Salvador”, porque se não bastasse a falta de carinho, falta o respeito que acaba sendo uma troca (ou a falta dela) mútua, sendo a poligamia um ato normal na vida dessas pessoas, mas não achem que um homem em Salvador trai sua mulher por “algo ou alguém melhor”, e sim por qualquer “coisa” que esteja acessível naquele momento.

Assim como, em mais de 1 ano de Salvador, ainda não conheci ou vi uma baiana que seja meiga, porque de que adianta para elas fazer cara de cachorro que caiu da mudança no meio do temporal tipo de mulher carente se ela não vai receber carinho de ninguém, falta carinho e respeito com quem esta lá, do lado deles, suas companheiras, que lutam assim como eles todos os dias, e mesmo assim, sempre sorrindo.

Salvador, terra da felicidade!
Mas é só felicidade sem carinho viu?