Comodismo e esquecimento.

18 agosto, 2008


Primeiramente peço desculpas por ter descuidado “disso” aqui… mas… correria é isso ai… triste de quem acha que aqui tudo é pro ano que vem, porque na realidade é pra ontem semana que vem.

Já falei aqui antes que baiano não é moroso como se é dito em todo o país, mas é claro que tem alguns pontos de comodismo preguiça algumas vezes. Como esperar 1 dia inteiro pra receber um orçamento de um serviço simples, ou então o fechamento da maioria do comércio (isso mesmo, de padarias, mercadinhos e até farmácias) na hora do almoço ou em feriados, não só para se alimentar, mas pra tirar o bom e velho cochilo (que não é em rede) de uma hora e meia.

A algum tempo joguei esse assunto em uma roda de discussão, tentando comparar principalmente a parte de serviços e atendimento (diga-se de passagem, péssimo na maioria das vezes) entre Salvador e outras grandes metrópoles como São Paulo ou até Brasília que nem é tão grande assim. E a reação bairrista foi logo esboçada pelos meus colegas Sotéropolitanos, defenderam sua cultura com o seguinte mandamento: “Se é pra amanhã, eu vou fazer outra coisa hoje.” Mas no quesito atendimento nada disseram e sim alguns concordaram que muitas vezes deixa a desejar.

Ainda assim, existe um problema social por trás disso tudo, as pessoas em Salvador reclamam da falta de oportunidade de emprego, e eu estranhando isso ja que Salvador abriga muitas empresas e indústrias, me deparei com o maior problema dessa cidade, a educação em si, vi algumas pesquisas e assustado descobri que existem sim várias vagas de emprego, só que elas simplesmente não são preenchidas, não só por falta de especialização, mas principalmente por falta de conhecimento em português básico e tratamento de pessoas, não só em concursos (que não são tão frequentes como em Brasília) mas principalmente em empresas de médio porte, forçando assim as microempresas a contratarem quem “sobra” no mercado mesmo sem um português ideal para um médio atendimento ou convívio com clientes, sendo assim, normal estar ao telefone com uma orçamentista que no final da ligação vai soltar: “Então tá, beijão negão!”, sendo aquela a primeira vez que você entra em contato, e ainda receber um e-mail formal com mais erros de português do que a redação de férias de um menino da primeira série.

Só aqui fui enxergar de uma vez que o português (matéria escolar), mesmo com suas “frescuras”, é o mais importante estudo em seu todo, sorte a minha vir de um estado que tem uma ótima educação e que não foi largado pelo gorverno nesse quesito.